Suplementos alimentares, será que é necessário utilizá-los?
- Zeitgeist - Viva seu momento
- 22 de set. de 2023
- 7 min de leitura
Atualizado: 26 de out. de 2023
Neste post, vamos analisar alguns dos principais tipos de suplementos alimentares: as vitaminas, os minerais, os aminoácidos, entre outros, veremos o que a ciência diz sobre os seus efeitos, riscos e suas indicações, esclarecendo e permitindo a melhor escolha e uso desses produtos com segurança e responsabilidade.

O que são suplementos alimentares?
Segundo a ANVISA:
"Suplementos alimentares não são medicamentos e, por isso, não servem para tratar, prevenir ou curar doenças. Os suplementos são destinados a pessoas saudáveis. Sua finalidade é fornecer nutrientes, substâncias bioativas, enzimas ou probióticos em complemento à alimentação.
A categoria de suplemento alimentar foi criada em 2018 para garantir o acesso da população a produtos seguros e de qualidade. Nessa categoria foram reunidos produtos que estavam enquadrados em outros grupos de alimentos e foram definidas regras mais apropriadas aos suplementos alimentares, incluindo limites mínimos e máximos, populações indicadas, constituintes autorizados e alegações com comprovação científica. Com essa mudança, alimentos que eram enquadrados com ‘alimentos para atletas’, ‘alimentos para gestantes’, ‘suplementos vitamínicos e minerais’ foram reunidos nessa categoria".
Logo os suplementos alimentares são substâncias extraídas ou sintetizadas, que visam complementar ou substituir os nutrientes que obtemos dos alimentos naturais. Eles podem ser encontrados em forma de cápsulas, comprimidos, pós, líquidos ou injeções.
Infelizmente, em determinadas fases da vida, o nosso organismo não consegue produzir, absorver ou em alguns casos encontrar as substâncias necessárias na quantidade devida para suas funções apenas com a alimentação convencional. Isso pode acontecer por vários motivos, como:
- O envelhecimento natural, que reduz a capacidade do organismo de sintetizar algumas substâncias, como o colágeno, a coenzima Q10 e a melatonina.
- A qualidade dos alimentos, que podem conter agrotóxicos, conservantes, transgênia agrícola, corantes e outros aditivos químicos que prejudicam a absorção dos nutrientes.
- A falta de variedade e equilíbrio na dieta, que pode levar a carências de alguns nutrientes específicos, como o ferro, o cálcio e o ácido fólico.
- A presença de doenças, condições que afetam o metabolismo ou a digestão dos nutrientes, como o diabetes, a anemia, a gastrite e a intolerância à lactose.
- O uso de medicamentos, substâncias que interferem na absorção ou na excreção dos nutrientes, como os antibióticos, os anti-inflamatórios, os diuréticos e o álcool.
Todos esses fatores podem comprometer a saúde e o funcionamento do organismo, causando sintomas como cansaço, fraqueza, queda de cabelo, unhas fracas, pele seca, problemas de memória, imunidade baixa, entre outros. Além disso, a falta de nutrientes pode aumentar o risco de desenvolver algumas doenças crônicas, como a osteoporose, a hipertensão e o câncer.
Por isso, a suplementação alimentar pode ser uma alternativa para as necessidades nutricionais do organismo.
Mas atenção: isso não significa que você deve abandonar uma alimentação saudável e variada. Os suplementos não substituem os alimentos naturais, mas apenas os complementam.
A suplementação alimentar pode trazer benefícios para algumas pessoas, dependendo das suas necessidades e objetivos. Por exemplo, alguns suplementos podem ajudar a aumentar a massa muscular, a resistência, a força, a recuperação ou a performance esportiva. Outros podem favorecer o organismo contra doenças, como anemia, osteoporose, diabetes ou hipertensão. Além disso, alguns suplementos podem contribuir para a melhora da aparência da pele, do cabelo ou das unhas.
Os suplementos alimentares podem conter diversas substâncias, de acordo com a sua função e composição. Em seguida alguns deles:
- Vitaminas: são compostos orgânicos essenciais para o funcionamento do organismo, que participam de diversas reações químicas e processos metabólicos. As vitaminas podem ser divididas em dois grupos: as hidrossolúveis (que se dissolvem em água e são eliminadas pela urina) e as lipossolúveis (que se dissolvem em gordura e são armazenadas no fígado e no tecido adiposo). As vitaminas mais conhecidas são a A, a B, a C, a D, a E e a K.
- Minerais: são elementos inorgânicos que também desempenham papéis importantes no organismo, como na formação dos ossos, dos dentes, dos músculos, dos nervos e do sangue. Alguns dos minerais mais importantes são o cálcio, o ferro, o magnésio, o potássio, o sódio e o zinco.
- Aminoácidos: são as unidades básicas das proteínas, que são responsáveis pela construção e reparação dos tecidos do corpo, além de participarem de diversas funções hormonais, enzimáticas e imunológicas. Existem 20 tipos de aminoácidos, sendo que 9 deles são considerados essenciais (ou seja, não podem ser produzidos pelo organismo e devem ser obtidos pela alimentação ou pela suplementação). Alguns dos aminoácidos mais usados como suplementos são a creatina, a glutamina, a leucina e a arginina.
- Antioxidantes: são substâncias que combatem os radicais livres, que são moléculas instáveis que causam danos às células e ao DNA, podendo levar ao envelhecimento precoce e a diversas doenças. Alguns dos antioxidantes mais conhecidos são a vitamina C, a vitamina E, o betacaroteno, o licopeno, astaxantina e o resveratrol.
- Hormônios: são substâncias químicas produzidas pelas glândulas endócrinas, que regulam diversas funções do organismo, como o crescimento, o metabolismo, a reprodução e o humor. Alguns dos hormônios mais usados como suplementos são a testosterona, o estrogênio, a progesterona e o hormônio do crescimento.
Mas devemos observar que a suplementação alimentar também pode apresentar riscos para a saúde, especialmente se for feita de forma inadequada, sem orientação profissional ou em excesso. Alguns dos possíveis efeitos adversos são:
- Intoxicação por excesso de nutrientes, que pode causar náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal, dor de cabeça, tontura, alterações no fígado ou nos rins, entre outros.
- Interação com medicamentos, que pode reduzir ou potencializar o efeito dos remédios, causando reações indesejadas ou perigosas.
- Alergia ou intolerância a algum componente do suplemento, que pode provocar coceira, vermelhidão, inchaço, dificuldade respiratória, entre outros.
- Contaminação por substâncias proibidas ou nocivas, como metais pesados, bactérias, fungos ou anabolizantes, que podem comprometer a saúde e resultado de exames antidoping.
A suplementação alimentar é um tema que ainda gera muitas dúvidas e controvérsias na comunidade científica. Isso porque existem poucos estudos de qualidade que comprovem a eficácia e a segurança de todos os suplementos alimentares para diferentes populações e situações. Além disso, os resultados dos estudos podem variar de acordo com o tipo, a dose, a forma de uso e o tempo de consumo dos mesmos. Portanto, não há uma resposta única e definitiva sobre o embasamento científico sobre esse amplo assunto, por isso a importância da utilização somente dos aprovados pela ANVISA.
Sendo assim a suplementação a alimentar pode trazer vantagens e desvantagens para a saúde. Apesar do embasamento científico ainda ser limitado e controverso, temos que encontrar o ponto de equilíbrio, pois algumas substâncias necessárias para nosso organismo em níveis benéficos obtemos através dela. Então aquela conversa sincera com os profissionais da saúde que cuidam de você e o acompanhamento de quanto está sendo positivo para seu organismo e sua qualidade de vida a utilização das mesmas poderão apontar as melhores escolhas.
Por isso, é importante buscar informações confiáveis e orientação profissional antes de consumir qualquer tipo de suplemento.
Enquanto isso ficamos aguardando a tecnologia dos "Jetsons" para transformar comprimidos em deliciosos e nutritivos alimentos que nos deixam satisfeitos e gabaritados nos exames sem os efeitos (ou defeitos) colaterais.
Abaixo alguns nutrientes importantes para seu organismo nos presentes nos alimentos:
- Proteínas: são responsáveis pela formação e manutenção dos músculos, ossos, pele, cabelos e unhas. Também participam de diversas reações químicas no organismo e contribuem para a saciedade. As fontes de proteínas podem ser animais (carne vermelha, frango, peixe, ovos, leite e derivados) ou vegetais (leguminosas como feijão, lentilha, grão-de-bico; cereais integrais como arroz, aveia; oleaginosas como castanhas, nozes, amêndoas; sementes como chia, linhaça, girassol).
- Cálcio: é o mineral mais abundante no corpo humano e é essencial para a saúde dos ossos e dentes. Também participa da contração muscular, da coagulação sanguínea e da transmissão de impulsos nervosos. As principais fontes de cálcio são os produtos lácteos (leite, queijo, iogurte), mas também podem ser encontrados em vegetais verde-escuros (couve, brócolis, espinafre), sardinha, tofu, gergelim, amêndoas, entre outros.
- Vitamina D: é uma vitamina lipossolúvel que atua como um hormônio no organismo. Ela é fundamental para a absorção do cálcio pelos ossos e para a regulação do sistema imunológico. A principal fonte de vitamina D é a exposição solar, pois ela é sintetizada na pele a partir dos raios ultravioleta. No entanto, muitas pessoas não conseguem obter a quantidade suficiente de vitamina D apenas pelo sol, principalmente em regiões com baixa incidência solar ou em períodos de inverno. Nesses casos, pode ser necessário suplementar a vitamina D com orientação médica. Outras fontes alimentares de vitamina D são os peixes gordos (salmão, atum, sardinha), o fígado, os ovos e os cogumelos.
- Ferro: é um mineral que faz parte da hemoglobina, a proteína que transporta o oxigênio no sangue. A deficiência de ferro pode causar anemia, que se manifesta por sintomas como cansaço, fraqueza, palidez, falta de ar, entre outros. As fontes de ferro podem ser heme (de origem animal) ou não-heme (de origem vegetal). O ferro heme é mais facilmente absorvido pelo organismo e está presente nas carnes vermelhas, frango, peixe e vísceras. O ferro não-heme está presente nas leguminosas, nos cereais integrais, nas oleaginosas, nas sementes e nos vegetais verde-escuros. A absorção do ferro não-heme pode ser aumentada se consumido junto com alimentos ricos em vitamina C (frutas cítricas, tomate, pimentão, etc.).
- Fibras: são carboidratos não digeríveis que auxiliam no funcionamento do intestino e na prevenção da constipação. Também ajudam a controlar os níveis de açúcar e colesterol no sangue e a promover a saciedade. As fibras podem ser solúveis ou insolúveis. As fibras solúveis formam um gel no estômago que retarda o esvaziamento gástrico e a absorção dos nutrientes. As fibras insolúveis aumentam o volume das fezes e facilitam a eliminação das mesmas. As principais fontes de fibras são os alimentos integrais (pão, arroz, macarrão), as leguminosas, as frutas (principalmente com casca), os vegetais (principalmente crus) e as oleaginosas.
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Fonte: Wikipedia, ANVISA, OPAS, SciELO Saúde Pública
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